22 de fev. de 2013

Os Desafios dos Educadores na Sociedade Contemporânea

NOTA: Texto em construção!

Fonte: ACNET Broadcast Solution

 
Novas perspectivas são lançadas aos educadores, tanto pelo contexto do país, que deve assimilar as consequências de ser uma nação em desenvolvimento e crescimento econômico, como pelas intensas transformações da sociedade tecnológica e cada vez mais cientificada. Hoje temos que lidar com grandes quantidades de informações e novas tecnologias. Além disso, o avanço praticamente exponencial do conhecimento e da quantidade de informações disponíveis é uma das grandes características da sociedade contemporânea.
Essa sociedade, que se aperfeiçoa constantemente e se torna cada vez mais complexa – sem falar no aumento da população –, exige cada vez mais dos indivíduos em termos de preparo e formação para lidar com as novas demandas. A velocidade e a intensidade com que as coisas acontecem impõe a necessidade de meios mais eficazes de levar cada vez mais “informação e formação” às pessoas. Encurtar as distâncias – no tempo e no espaço – e melhorar a acessibilidade são estratégias necessárias para democratizar o acesso à informação e proporcionar formação mínima a todos. E a única forma de se fazer isso talvez seja através de novos modelos de ensino e aprendizagem, destacando-se nesse processo o papel da EaD (Educação a Distância), possibilitados pelas novas tecnologias.
Nesse contexto, os desafios dos educadores incluem, dentre outros, se adaptar às novas linguagens associadas às novas tecnologias e a um universo cada vez mais dinâmico.
Além disso, as novas demandas da sociedade contemporânea não dependem somente da implementação de técnicas e estratégias, mas de uma mudança de comportamento, especialmente dos adultos que pretendem se inserir e acompanhar as mudanças sociais. Isso implica em um processo de educação que não ocorre espontaneamente, mas precisa ser catalisado, pois envolve a formação de adultos já adaptados. Estes precisam “aprender a aprender”, como é defendido pelos andragogos*. E o educador é o catalisador desse processo.
Contudo, os adultos atuantes normalmente não disponibilizam de tempo para buscar a formação que lhes é exigida em instituições convencionais. Assim, as ações de capacitação através de diferentes meios (mídia, mobilização, etc.) são fundamentais para o processo de mudança de paradigma cultural. Tais ações possibilitam – por exemplo através da educação corporativa e da EaD – meios de incorporar o processo de formação à vida desses adultos. O objetivo é que a educação constitua um processo permanente na vida de uma pessoa, possibiltando a constante atualização e adaptação a uma sociedade em constante mudança.
Por isso, um dos grandes desafios dos educadores é se adequar ao novo contexto de aprendizagem, se posicionando como catalisadores ou facilitadores do processo.
Ainda, é preciso perceber, durante o processo de aprendizagem, que existem diferentes tipos ou comportamentos dos aprendentes. Noutras palavras, existem diferentes formas de aprender, que exigem diferentes abordagens do educador. Como as novas abordagens visam inserir a educação não como um processo à parte, externo, mas inserido na realidade do educando, os conteúdos devem ser percebidos pelo aprendente através de suas vivências. Isso implica na constatação de que cada aducando possui realidade diferente e respostas diferentes à realidade. Perceber a particularicadae de cada contexto é mais um grande desafio ao educador visando o melhor aprendizado possível.
Esta é a visão adotada na EaD, que vem crescendo e respondendo por uma parcela cada vez mais sgnificativa. Trata-se de uma nova concepção de educação, que rompe os limites físicos do processo educacional, o que já vem acontecendo em universidades de diversas partes do mundo, como a Universidade Virtual do Pays de la Loire (França), a Universidade Aberta da Catalunha (Espanha), a Open University (Inglaterra) e a Universidade Virtual do Instituto Tecnológico de Monterrey (México) (Vogt, 2013).No estado de São Paulo, a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) já vem demonstrando que essa nova abordagem possibilita que é possível o ensino superior público e gratuito com qualidade bem como potencial dessa nova abordagem para ampliar o acesso à educação.
Segundo Vogt (2013), as vagas na graduação das três universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp) – que estão entre as melhores do País – foram aumentadas em mais de 60% no período de 1995 a 2010, enquanto que quando a Univesp lançou a primeira edição do curso de Pedagigia, resultou numa ampliação de 21% das vagas ofertadas pela Unesp e de 6.5% das vagas do ensino público do estado de São Paulo. Se considerar as vagas de Pedagogia das 3 universidade estaduais paulistas, o número de vagas triplicosu (aumento de 181%), mostrando o alcance da Univesp.
...

Leon Maximiliano Rodrigues


Referâncias

Vogt, C. 2013. A Univesp e as tecnologias para a educação: conhecimento como bem público. ESTADÃO.COM.BR/Educação. Disponível em: Acessado em: 26/04/2013.

* A "Andragogia" é a arte ou ciência de orientar adultos a aprender, segundo a definição creditada a Malcon Knowles, na déc. de 1970. Otermo remete a um conceito de educação voltada para o adulto, em contraposição à pedagogia, que se refere à educação de crianças.

7 de fev. de 2013

O Simples Direito de Existir




Por que ainda julgamos a utilidade das coisas somente em função dos serviços que prestam ao ser humano? Esse parece ser o critério decisivo para as ações humanas, assim como foi recentemente em Porto Alegre (RS), quando a Prefeitura decidiu derrubar inúmeros indivíduos da vegetação na Husina do Gasômetro e outras localidades, visando a duplicação de ruas para atender as demandas da Copa (Links 1 e 2a, b).
Aparentemente são apenas árvores. Mas, são de fato seres vivos com direitos por si só. Além disso, a derrubadade de arvores em Porto Alegre (RS) também está relacionada à percepção da Natureza como nosso quintal com os recursos disponíveis para expropriação. E essa percepção está muito associada ao sentimento do ser humano como algo externo à Natureza e, portanto, imune aos efeitos das alterações que produzimos no meio ambiente.
Contudo, o bom senso e as grandes questões globais nos mostram que já passou da hora de vermos o ser humano como centro de tudo. Superar o antropocentrismo não é mera questão de princípios, mas de necessidade.
A questão posta acima reflete um problema cultural historicamente arraigado na sociedade. E se repete em diferentes escalas ao longo do tempo, desde a derrubada de uma árvore no quintal de uma casa ao desmatamento de milhares de hectares na Amazônia. Ou seja, o julgamento sobre "fazer ou não" depende da utilidade imediata que tem para o homem ou sua economia. Porém, essa noção simplificada ignora os efeitos em cadeia que levam ao homem. Ignora que somos afetados pelas mudanças que nós mesmos produimos na paisagem.
Perceber que somos parte da natureza é como perceber que o dedão do pé faz parte do nosso corpo e é afetado quando um nervo no pescoço é rempido. Co-evoluímos com a natureza e todos os seres vivos que a constituem, em um precesso de contínua e mútua dependência.
Derrubar as árvores do Gasômetro não chega a ser algo catastrófico, não ameaça os ecossistemas já tão depauperados. Mas reflete uma cultura danosa ao meio ambiente, ao homem e sua economia. Reflete também um modelo de desenvolvimento que já nao se sustenta e que esgota aos poucos as possibilidades futuras.
Apesar disso, tal sentimento não é uma regra absoluta. Um contingente crescente de pessoas vem se manifestando em contrário à cutura dominante, e coloca em cheque o que chamamos de representatividade do poder público. Por exemplo, ao mesmo tempo em que a mídia veicula o fato ocorrido, ela questiona as razões do poder público (Link 2). Tabém ao mesmo tempo as pessoas se manifestam através das redes sociais (Link 3).
E ainda que nenhuma polêmica resolva ou esclareça questões comoe essa, não podemos ignorar o simples direito de existência de um ser vivo... 
Leon Maximiliano Rodrigues

Links sobre o caso de Porto Alegre:
Link 1 (Matéria G1)
Link 2a e Link 2b (Matérias rsurgente)
Link 3 (Comunidade Facebook)